quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Conto


Em uma província localizada em um vale que separa duas cidades que em tudo aparentava de moderno, havia um sujeito que como qualquer outro nascera em transição. Entender como nasce pessoas assim teremos que entrar no processo constante do tempo que faz com que as pessoas vivam como à séculos de distâncias em uma mesma realidade onde viajar no tempo parece ser tão simples quando pegar um táxi ou se deslocar para uma cidade em outro país.
Isto porque existe algo que envolvem raízes das quais sociedades inteiras compartilham e que podem levá-las  ao desenvolvimento ou não omo em uma linha reta da história do progresso humano onde seu passado guardam suas experiências, o presente o seu contexto e o futuro os planos a serem realizados. 
Nesta relação entre estas sociedades acontece a transição de pessoas que ao estarem fazendo estas viagens provocam disfunções temporais nestes ambientes que mesmo se estivessem em seu próprio tempo acabariam sendo deslocados por não serem ilhas isoladas por muros culturais.
Desta forma, é possível conviver em ex-colônias de índios burgueses com língua super-desenvolvida que poucos entendem, não porque esta forma de se comunicar tem alguma complexidade paradoxal que uma simples palavra representa uma composição de sentidos que variam de pessoa para pessoa, mas sim porque compreender esta língua significava abrir mão de uma circunstância em que as recompensas pelos esforços físicos imediatos são mais vantajosas do que um longo desenvolvimento com uma língua que como latim pode estar morta há séculos e o que restou dela só é possível escrever jornais, livros infanto juvenis e de auto-ajuda.
E sendo como é, torna-se fácil perceber que muitos cidadãos desses pólos, aberrações de convivência mutua  têm diversas histórias de sobrevivência num local que possui tudo que o ser humano precisa, mas partilhado apenas com aqueles que aceitam que estas necessidades não serão para todos. E  quem discorda disso não tem outra escolha a não ser compartilhar o que possui com os demais que buscam aparentar sempre ter a posse do que é necessário sobrando a ponto de não investir em qualquer outra coisa para não sair deste ciclo de fartura artificial.
Dentre os vários casos insólitos que isso tudo pode gerar proponho levar adiante o do jovem bacharel que neste ambiente onde as múltiplas realidades se entrechocam, apenas a tecnologia faz possível diferenciar de um tempo em que muitos resolveriam a questão com violência e o mesmo tempo em nada faz diferenciar com elementos da natureza em que a hierarquia dos animas limitam suas ações. E assim os recursos que possui um acadêmico pouco o diferenciaria de um simples artesão usando como referência  de um ofício da era pré-industrial.